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quarta-feira, 13 de maio de 2020

Baixa visão e Cegueira

Há dois tipos de deficiência visual; denominado: cegueira e baixa visão.

A cegueira caracteriza-se como uma deficiência visual pela incapacidade de obter informações do mundo pela visão. 
 
A Baixa Visão quando uma pessoa possui um comprometimento de seu funcionamento visual, mesmo após tratamento e/ou correção de erros refrativos comuns e possui uma acuidade visual inferior a 20/60 (6/18, 0.3) até percepção de luz ou campo visual inferior a 10 graus do seu ponto de fixação mas que utiliza ou é potencialmente capaz de utilizar a visão para planejamento e execução de uma tarefa. 

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Redução da visão central. A diminuição ou perda da visão central se caracteriza por uma mancha escura (escotoma) no centro do campo visual do indivíduo, porém o campo visual periférico é normal. Existe dificuldade à leitura, reconhecer rostos e distinguir detalhes à distância. Se houver manutenção da visão periférica, a orientação e a mobilidade podem estar intactas.

Degeneração Macular Relacionada à Idade — Retina Brasil

• Mudanças da visão periférica. A pessoa com perda da visão periférica têm dificuldade de identificar objetos de um dos lados ou ambos os lados do campo visual, ou algo diretamente abaixo e/ou acima do nível dos olhos. O campo visual central pode estar preservado. Geralmente, quando a perda do campo visual periférico é importante, a orientação e a mobilidade são prejudicadas. A leitura pode estar afetada pois a pessoa consegue apenas identificar poucas letras de uma palavra ou frase.

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• Visão turva (por perda da transparência de estruturas oculares). Nesta situação a visão é afetada para perto e para longe, mesmo com o uso de óculos ou lentes de contato.

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É comum, que mais de uma doença ocular esteja presente no mesmo indivíduo, de forma que as alterações acima podem estar sobrepostas.

Outros sintomas comuns às pessoas com baixa visão, variando de acordo com a doença que determina a deficiência visual:

- Alteração da sensibilidade ao contraste;
- Alteração da diferenciação das cores;
- Sensibilidade à luz;
- Cegueira noturna (baixa visão em ambientes pouco iluminados).



Para a OMS cerca  de 70 a 80% das crianças diagnosticadas como cegas possuem alguma visão útil. Nos países em desenvolvimento a prevalência da cegueira infantil  chega a ser de 1,0 a 1,5 /1000. Porém, a prevalência de Baixa Visão chega a ser três vezes maior.  


Qualidade de vida é um conceito de amplo alcance afetado de um modo complexo não só pela saúde física, como também pelo estado psicológico, nível de independência, relações sociais e fatores ambientais. . ( Rebolças et al, 2016, p. 73


CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE DEFICIÊNCIAS, INABILIDADES E DESVANTAGENS (OMS)

 DISTÚRBIO   DEFICIÊNCIA   INABILIDADE DESVANTAGEM
Alterações   anatômicas
 
 Alterações no  funcionamento   do olho               
 Comprometimento das   habilidades individuais                   Consequências na vida social 
 Cicatriz na           córnea          Campo de visão, AV. visão de   cores       Leitura, mobilidade,  tarefas  diária     Necessidade extra de esforço, baixa da independência, dificuldade   em conseguir trabalho
(SBVSN)


CATEGORIAS GERAIS DE HABILIDADE

 Perda da Normalidade Desempenho  das Habilidades Auxílio   Tipo de auxílio
Superior do normal Excelente  Não requer   Lentes oftálmicas 
Normal  NormalNão requerLentes oftálmicas, Esférica/progressivas
 LevePróximo do normal De melhora Lentes Oftálmicas esfero-prismáticas, Lupas
 ModeradaPróximo do normal De melhora Lentes oftálmicas, Lupas de mesa com alto poder 
 SeveraRestrito De melhora Lupa montada, Telescópio,
Magnificação, Bengala Treinamento 0-M
ProfundaRestrito De melhora 
Magnificação Vídeo, Audiolivro,
Braille, Bengala, Treinamento 0-M,
Aparelhos de saída de voz.

Quase totalRestrito        De substituição Bengala, Treinamento 0-M,
Aparelho de saída de voz.

(SBVSN)




CLASSES DE ACUIDADES VISUAL
CLASSIFICAÇÃO ICD-9-CM (WHO/ICO)
 Alteração visual     AV.  Snellen    AV decimal Tipo de auxílio 
 NORMAL   20/12 -  20/25      1,5 a 0,8 Lentes oftálmicas 
 Próximo do normal      20/30 a 20/60       0,6 a 0,3  Lentes oftálmicas, Esférica/progressivas
 Baixa visão moderada      20/80 a 20/150 0,25 a 0,12  Lentes Oftálmicas esfero-prismáticas, Lupas
 Baixa visão severa     20/200 a 20/400 0,10 a 0,05  Lentes oftálmicas, Lupas de mesa com alto poder 
 Baixa visão profunda     20/500 a 20/1000 0,04 a 0,02 
 Lupa montada, Telescópio, 
Magnificação, Bengala Treinamento 0-M
 Próximo a cegueira   20/1200 a 20/2500 0,015 a 0,008 
 Magnificação Vídeo, Audiolivro, 
            Braille, Bengala, Treinamento 0-M, 
Aparelhos de saída de voz.
 Cegueira total             SPL        SPL 
 Bengala, Treinamento 0-M, 
            Aparelho de saída de voz.
(SBVSN)


É importante saber que a adaptação de auxílios para pessoas com baixa visão deve seguir um protocolo de avaliação para que exista efetividade no uso do recurso adequado. O processo de adaptação do auxílio óptico não é empírica e aleatória. Sendo assim, a avaliação profissional, que além de indicar o auxílio óptico apropriado, permite o diagnóstico e tratamento de doenças oculares, que podem muitas vezes ser subestimados e ignorados quando somente a ampliação é testada, comprometendo ainda mais a saúde ocular do paciente.


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