A bola Marsden é um exercício de terapia visual que pode ser realizado tanto para os pequenos quanto para os adultos. Essa bola pode ajudar todos aqueles que no seu dia-a-dia precisam realizar movimentos excessivos da cabeça (sacadas) e as crianças que geralmente têm problemas de acompanhamento (como na leitura), para aquelas pessoas que, ao ler, eles precisam se orientar com o dedo, pulam as palavras assiduamente, se perdem na leitura, percebem falta de precisão, falta de ritmo, saltos entre as linhas ou antecipações e erros de correção. Esses últimos fatores influenciam bastante o desempenho escolar. Através deste exercício temos como objetivo treinar a flexibilidade acomodativa alcançando uma focagem alternada, suave e eficaz entre cada olho. Vamos conseguir estabelecer a consciência de ambos os olhos e romper a supressão.
Motilidade ocular:
- Movimentos de acompanhamento.
- Acuidade Visual Dinâmica.
- Movimentos sacádicos de fixação.
- Acomodação e facilidade de foco.
- Visão Periférica.
Exercícios de coordenação ocular preguiçosa.
Procedimento:
Primeiro passo
Primeiro passo
- O paciente vai estar de pé, com uma postura relaxada diante da bola colocada a nível dos olhos e a cerca de 40 cm ou distancia de trabalho.
- Coloca-se um par de prismas até o paciente ver duas bolas ao invés de uma e não uma sombra da outra.
- Coloque agora lentes esféricas sobre os prismas, em que terá uma esférica positiva num olho e uma negativa no outro.
- Pede-se ao paciente para olhar para uma das bolas e tente vê-la nitida. Quando conseguir essa nitidez passa para a outra bola.
- Terá de ver sempre a outra bola que não está a fixar no seu campo de visão, mas não precisa de ser nítida.
- Trocar as lentes positiva e negativa para olho oposto e repetir o processo.
- Ir aumentando a potência das lentes e repetir o processo.
Segundo passo - Biocular
- Colocar o paciente numa placa de equilíbrio, de modo a ter que trabalhar o equilíbrio, a uma distância 50 cm da bola.
- O paciente vai segurar um separador entre o nariz enquanto balanceamos a bola.
- Vamos adicionar lentes esféricas no paciente numa razão de 1:2, por exemplo se começarmos com +0.50D num olho no outro colocamos -1.00 D. Na maioria dos casos pode-se começar com +1.50/-3.00D.
- Começar a balancear a bola paralelamente ao plano da cara e com um arco nunca superior ao campo de visão do paciente.
- O paciente terá de ver as letras da bola nítidas quando vê com um olho e com o outro. Vá aumentando as lentes esféricas em passos de 0.50D até conseguir ver as letras nítidas em ambos os olhos. Faça este exercício por 3 minutos.
- Quando conseguir fazer isso a ver ambas as letras nítidas da bola, troque a graduação para o olho oposto e repita o procedimento por mais 3 minutos.
- Depois vá diminuindo as potências e repita o mesmo procedimento.
- Aqui o importante é o paciente ter noção em toda a altura do efeito SILO, que há mudanças no tamanho e na posição do objeto.